quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Relato das experiências pessoais com o hábito da leitura e o contato com a educação.

Acredito fielmente no poder do hábito da leitura como componente formador do intelecto de qualquer se humano. Desde os primeiros anos de vida, o individuo deve ser apresentado ao universo das letras e palavras como forma de garantir-lhe a possibilidade de tornar-se um agente critico da sociedade e formador de opinião em larga escala.
A minha primeira experiência com a literatura data dos primeiros anos de vida. Nesta fase, somos apresentados a livros recheados de cores e gravuras, mas já abastecido com frases de efeito e histórias que revelam mais do que contos infantis, são o primeiro contato com um universo muito mais amplo. Amplitude esta que alcança o humanóide nos primeiros anos de vida e o persegue para todo o sempre. Cresci envolto a livros por conta da influência materna constante. Professora universitária do curso de Ciências Sociais, ela pôde mostrar-me logo cedo, a importância de expressar-me bem e para que isso acontecesse, imergiu-me de imediato no âmbito da leitura.
Lembro-me da minha primeira experiência escolar. O meu primeiro dia na escola foge-me a memória, mas as experiências com as letras, o alfabeto, as vogais, esta não me escapa. Lembro-me da dificuldade de alguns colegas, advindos do interior do estado e que tinham dificuldade para soletrar termos como “bicicleta”, justamente por conta da falta do hábito da leitura correta. Hoje consigo perceber que estas crianças sofrem com o hábito da não-leitura nos lugares onde nascem. São criados em meios onde o livro não tem papel fundamental como formador da personalidade da criança. Situações como estas, marcaram a minha alfabetização.
Até os dias de hoje, ainda guardo com carinho livros infantis, rabiscados e um tanto quanto marcados pela ação do tempo. Olho para eles com a certeza de que foram essenciais para que eu pudesse estar dentro do ambiente universitário e capaz de escrever um depoimento como este.
Já fui professor. A minha experiência em sala de aula foi interessante. Havia acabado de concluir o meu ensino médio e fui dar aulas em um curso pré-vestibular. Pude experimentar a sensação de sair do chão da sala de aula para o palanque da sala de aula. Lembro-me que era surpreendido com o desejo de conhecer daqueles jovens que tinham não mais que 3 anos de idade de diferença para mim. Interpretei aqueles momentos como únicos, a sensação foi de compartilhar conhecimento e não de simplesmente fornecê-lo. Tomei consciência que educar é uma relação de troca. Ler é um exercício de personalidade. Escrever é um ato de expressão único. 

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